RÁDIO NOVA XUCURU - AO VIVO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

BAIXE O APLICATIVO RADIOSNET E OUÇA A NOVA XUCURU EM TODO LUGAR; CLIQUE NA FOTO ABAIXO E SAIBA MAIS

domingo, 30 de junho de 2013

ITÁLIA VENCE O URUGUAI NOS PÊNALTIS E É 3º LUGAR DA COPA DA CONFEDERAÇÕES

Em alguns anos, talvez, poucas pessoas se recordarão que Uruguai e Itália terminaram a Copa das Confederações de 2013 entre os quatro melhores. Seria “apenas” a disputa do terceiro lugar, mas o jogo deste domingo, na Arena Fonte Nova, em Salvador, foi digno de uma final, uma mistura de drama e crueldade com dois times esgotados fisicamente debaixo de muito sol pelo horário ingrato. Depois do empate por 2 a 2 no tempo normal e de 30 minutos sem gol na prorrogação, Buffon pegou três pênaltis e deu a vitória à Azurra por 3 a 2.

O lendário goleiro italiano de 35 anos se redimiu depois de uma competição instável, principalmente quando falhou na derrota para o Brasil. No tempo normal, fez defesas importantes e um milagre com os pés em chute de Forlán cara a cara. Nas batidas, repetiu a dose e defendeu a cobrança do atacante do Inter. Em seguida, para salvar o erro de De Sciglio, pegou o de Cáceres e o de Gargano, assegurando o honroso terceiro lugar. O público pagante anunciado foi de 43.382, em um estádio com o gramado sofrido no final.

Celeste e Azzurra mostraram desde o início os motivos por quase terem eliminado Brasil e Espanha nas semifinais. Foram gigantes, legítimos donos de seis títulos mundiais somados. Os italianos superaram qualquer escala de esforço físico e psicológico depois de enfrentarem um duelo de 120 minutos e uma decisão por pênaltis há três dias. Sem Pirlo e tantos outros, brilharam os reservas. Astori, em falha do goleiro Muslera, e Diamanti, de falta, marcaram.

Os uruguaios não ficaram atrás no empenho para “subir ao pódio”. Estiveram sempre em desvantagem no placar e, como manda sua tradição, não desistiram em nenhum momento. Nem mesmo com o sol de quase 30 graus às 13h na Bahia. Fazer gols em italianos é rotina para Cavani, artilheiro do último Calcio, com 29. Fez logo dois para levar o time à prorrogação. Não deu nos pênaltis, no entanto.

A derrota, porém, não é problema. A Celeste mostra reação para continuar lutando por uma vaga na Copa do Mundo de 2014. O time está em quinto nas eliminatórias (iria para a repescagem) e tem pela frente quatro jogos decisivos: Peru, Colômbia, Equador e Argentina. A Itália também vai buscar a classificação no segundo semestre, mas em situação mais cômoda, liderando o Grupo B, quatro pontos acima da Bulgária.
Ah, Muslera...

Não pense em uma disputa de terceiro lugar com dois times desinteressados. Uruguai e Itália mostraram na Fonte Nova que ficar fora da decisão não foi motivo para desânimo. Em um primeiro tempo equilibrado, com nove oportunidades de gol, os italianos tiveram ligeira superioridade e contaram com a ajuda do goleiro Muslera para ficar em vantagem.

O calor de quase 30 graus ferveu os 22 jogadores, principalmente a defesa da Azzurra e o ataque da Celeste, posicionados em uma faixa de campo em que o sol não teve piedade. Talvez, por isso, a Itália começou melhor, trocando passes na sombra e ignorando o desgaste pelo duro duelo contra a Espanha na última quinta.

O sol, porém, não pode ser o culpado pelo gol de Astori, aos 23 minutos. Muslera pode. De novo. E de novo pelo alto, seu grande defeito. Assim como no lance decisivo de Paulinho contra o Brasil, a bola batida por Diamanti viajou (na sombra) e passou por cima do goleiro. Desta vez, bateu na trave, voltou no ombro dele e bateu na linha até que o zagueiro completasse.

O Uruguai teve de se desdobrar para reagir. O empate não veio, mas o time subiu de produção quando Cavani e Suárez acordaram e se movimentaram com mais frequência. O atacante do Liverpool obrigou Buffon a fazer boa defesa, enquanto o artilheiro do Napoli marcou em impedimento bem assinalado pela arbitragem.

O cansaço bateu nos minutos finais. As equipes perderam o poder de marcação e abriram o meio de campo. A Celeste foi para o intervalo revoltada com a não marcação de um pênalti depois que a bola tocou no cotovelo de Chiellini na área. Pouco antes, El Shaarawy (sim, ele jogou) só não ampliou porque Godín salvou após a bola passar por Muslera.

Terceiro lugar? Vale muito!
A troca de lado no segundo tempo claramente favoreceu o Uruguai. Sem tanto sol na cabeça dos atacantes, o time ganhou poder para envolver a defesa rival e controlar os primeiros minutos. A pressão começou, e o empate não demorou. Aos 12, em contra-ataque, o badalado setor ofensivo finalmente funcionou. Cavani recebeu de Suárez na área e tocou certeiro, no canto esquerdo de Buffon.

A Itália foi desmoronando gradativamente. A movimentação no ataque diminuiu, e o time recuou, permitindo que o Uruguai avançasse suas peças. Só Buffon não oscila. De quebra, faz milagres. Forlán chutou forte e o goleiro rebateu. No rebote, o atacante colorado soltou nova bomba e o capitão da Azzurra tirou de forma espetacular com a perna esquerda.

Gigi, como é chamado pelos companheiros, talvez, pudesse prever que aquela defesa seria o choque necessário para o time despertar. Somente seis minutos depois, os italianos aproveitaram um lance de bola parada para recuperar a vantagem. Da intermediária, Diamanti cobrou falta com perfeição por cima da barreira, no canto direito baixo. Sem chances para Muslera.

A resposta sul-americana foi tão bela e precisa quanto a batida rival. Resposta de quem está acostumado a brilhar justamente na Itália, com seus 29 pelo Napoli no último

campeonato nacional. Cavani, aos 32, chutou falta de longe. Candreva não pulou, e a bola passou exatamente por cima dele. Buffon voou, mas era tarde. Igualdade justa, e duas equipes entregues no campo, sem forças para evitar a prorrogação.

A feição dos jogadores assim que soou o apito final denunciou o esgotamento. Água na cabeça, atletas deitados no gramado, massagem nas pernas...tudo foi tentado para aliviar a dor. No reinício, o Uruguai mostrou ter mais pernas para suportar. Suárez e Chiellini arriscaram uma arrancada de dar inveja pela esquerda. O atacante pediu pênalti, ignorado pelo árbitro, e ainda levou uma bronca do zagueiro, com quem havia se estranhado no primeiro tempo.

Os últimos 15 minutos de tempo-extra foram ainda mais arrastados. Ninguém queria se arriscar. Não havia força. Montolivo ainda foi expulso ao fazer falta por trás em Suárez. O Uruguai teve o domínio, chegou a pressionar, mas o mesmo Suárez e Gargano perderam as últimas chances.

Forlán abriu a série parando nas pernas de Buffon - ele já havia desperdiçado contra o Brasil. Aquilani, Cavani, El Shaarawy e Suárez fizeram. De Sciglio errou, mas o goleiro salvou novamente nos chutes de Cáceres e Gargano. Era o dia de Gigi.

Informa o Globoesporte.com

Comente com o Facebook:

0 comentários:

Postar um comentário

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More