RÁDIO NOVA XUCURU - AO VIVO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

BAIXE O APLICATIVO RADIOSNET E OUÇA A NOVA XUCURU EM TODO LUGAR; CLIQUE NA FOTO ABAIXO E SAIBA MAIS

segunda-feira, 16 de março de 2015

O PLANALTO AMARELOU

Com informações do Blog do Magno Martins -

São Paulo, palco, ontem, da maior manifestação de rua contra o Governo Dilma, surpreendeu o País com uma multidão vestida de amarelo e verde, de cara pintada e faixas pedindo o impeachment da presidente. O clima de revolta contra a roubalheira e a multidão entusiasmada derrubam o discurso da fraca oposição, de que o momento não comporta o afastamento de Dilma.

O Governo subestimou a capacidade de mobilização das pessoas pelas redes sociais. Mais de 1 milhão de almas vivas não sairiam às ruas sob o chamariz de algum partido ou o do conjunto da oposição. O ato foi soberano da sociedade e lembrou muito o que aconteceu no País em junho de 2013.

Lembrou, igualmente, a campanha das diretas, em 1984, cujo diferencial eram os grandes comícios em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e outras capitais, com políticos respeitados nos palanques, como Ulysses Guimarães, o Senhor Diretas, Tancredo Neves, Mário Covas, Brizola, Arraes e Lula, este muito mais como líder sindical.

O serviço secreto de Dilma já havia avisado que a população estava disposta a ir às ruas, tanto que, por ordem expressa da presidente, nenhum ministro saiu de Brasília no fim de semana. Muitas capitais atraíram menos gente do que esperava. Isso, entretanto, pouco importa.

O termômetro para medir a temperatura política do ato foi São Paulo, maior centro urbano do País, coração da economia, referência para a mídia internacional, que destacou em chamadas online o verdadeiro arrastão que ocorreu na capital paulista. Acuado, o Governo, através das suas eminências pardas que consolam Dilma, interpretou a manifestação como algo exclusivo da classe média, um terceiro turno, sem presença de povo.

O Planalto se preocupou em monitorar o perfil dos manifestantes, para encampar a tese de que o movimento é socialmente segmentado, mobilizando muito pouco os mais pobres. Se o grito das ruas pode levar ao impeachment isso ainda leva um caminho muito grande, mas o fato é que o Governo vai reagir.

Dilma deve mudar rapidamente sua agenda, saindo da defensiva e buscando adotar medidas que atendam às necessidades da população, que se sentiu traída com as medidas de arrocho, incluindo o aumento de juros, da energia e dos combustíveis. É possível que apresente de imediato um pacote anticorrupção.

Uma promessa de campanha, aliás, até hoje esquecida. Isto, por sinal, é uma crítica feita pela própria equipe de Governo, de que o Palácio do Planalto ficou preso à agenda do ajuste e não teve celeridade para gerar concretamente notícias positivas.

PESQUISA– Na transmissão ao vivo dos atos ontem, as televisões chamavam a atenção para São Paulo, aduzindo que estavam nas ruas 1 milhão de pessoas. Mas o Instituto Datafolha fez uma projeção, através de uma pesquisa inédita, apontando que o número real supera a casa dos 200 mil manifestantes, número contestado pela Polícia Militar, que fez a estimativa se aproximando da faixa de 1 milhão.

Abril vem ai – O ato do Recife foi um dos mais fracos do País, reunindo pouco mais de oito mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Mas os grupos organizadores já planejam novas manifestações para abril e junho. Até lá, dependendo do ambiente que o País passará a viver depois da ida da população às ruas, o tom pode ser diferente.

Reação imediata – Coube ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, manifestar a reação do Governo a voz rouca das ruas. No início da noite, ainda impactado pelo sucesso dos atos contra Dilma em todo o País, principalmente São Paulo, anunciou um pacote de medidas de combate à corrupção. Falou em reforma política e no fim do financiamento de campanhas por empresários.

Mais panelaços – Enquanto o ministro da Justiça recebia jornalistas e falava ao vivo na televisão em várias áreas de Brasília, que colocou 45 mil pessoas nas ruas, o que se ouvia era o barulho de panelas com o grito “Fora, Dilma” e Fora, PT”. Os panelaços começaram no País depois do pronunciamento da presidente em rede nacional de TV, no Dia Internacional da Mulher.

Em cima do muro – Há quem diga que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) cometeu um erro estratégico ao não ir às ruas na primeira manifestação da população contra o Governo Dilma. Temendo politizar o ato, o ex-candidato do Planalto acompanhou de casa. “Se fosse Lula na condição de Aécio, ou seja, na oposição, com certeza teria ido à manifestação”, avalia um marqueteiro.

CURTAS

SOLIDARIEDADE– Num momento em que afirma enfrentar “a maior infâmia” contra ele nos últimos anos – a inclusão do seu nome na lista dos políticos envolvidos na operação Lava Jato, o senador Fernando Bezerra Coelho ganhou a solidariedade do governador Paulo Câmara e toda sua equipe, num jantar realizado em sua casa, em Petrolina.

CRESCIMENTO – O seminário “Todos por Pernambuco” chegou ao final da sua primeira etapa, ontem, em Salgueiro, contabilizando a participação de 3,2 mil pessoas dos mais diversos segmentos da população de Araripina, Petrolina e Salgueiro, sedes dos encontros sexta, sábado e ontem, respectivamente. Trata-se de um crescimento de 20% em relação a 2011.

Perguntar não ofende: E agora, depois que o povo botou a cara nas ruas?

Comente com o Facebook:

0 comentários:

Postar um comentário

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More