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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

INFESTAÇÃO DO AEDES AEGYPTI BATE RECORDE EM PERNAMBUCO

Com informações do G1 PE -

Oitenta e quatro municípios de Pernambuco ligaram o sinal vermelho diante do registro de grande quantidade de focos de mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Ou seja: 45% das 184 cidades apresentam número de insetos acima do tolerável pelos organismos internacionais e estão em situação de risco muito alto de surto de doenças.

É o que mostra o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), elaborado, em janeiro deste ano, pelas prefeituras e computado pela Secretaria Estadual de Saúde. 

Para o governo de Pernambuco, os dados do LIRAa de janeiro são muito preocupantes. “Nunca tivemos tantos municípios com índice de infestação acima de 4%, o que é tolerado. Essa é a maior quantidade de cidades em situação de risco registrada desde 2012, quando começamos a fazer o levantamento em Pernambuco”, declara a coordenadora de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes. As arboviroses são as doenças transmitidas por insetos.

Para elaborar o LIRAa, produzido de dois em dois meses, cada município é dividido em grupos 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Desses, 450 são visitados. Os estratos são classificados de acordo com o índice de infestação: inferior a 1% (condições  satisfatórias), entre 1% e 2,5% (risco médio) entre 2,6% e 3,9% (condição de alerta)  e superior a 4%  (risco de surto).

A partir da próxima semana, os municípios pernambucanos começam a elaborar um novo mapa da infestação. E o Estado está na expectativa de números menos assustadores. “Esperamos que as ações tenham dados resultado. Vamos torcer para que o LIRAa de março seja melhor”, comenta Pontes.

A partir dessa classificação, é possível mostrar a situação dramática  em algumas cidades. Ferreiros, na Zona da Mata Norte, é o primeiro colocado nesse ranking estadual de infestação. O município atingiu um índice de 18%. Isso significa que ele tem um número de Aedes aegypti  mais de quatro vezes superior do que o teto do protocolo do Ministério da Saúde. Em segundo lugar aparece Surubim, no Agreste, com 16.8%. Terezinha, na mesma região, fica em terceiro na relação: tem LIRAa de 16,7%.

A maior preocupação das autoridades de saúde é com o interior. Apenas dois municípios do Grande Recife estão na lista dos mais infestados pelo mosquito: Abreu e Lima (4,4%) e Camaragibe (6,2%). Na capital, o problema vem diminuindo. O levantamento  feito entre janeiro e fevereiro deste ano mostrou o menor índice da última década: 1,1%.Há dez anos, a cidade tinha LIRAa de 3,4%.

Entretanto, ainda é preciso redobrar as atenções em alguns locais. Nove bairros ainda têm índices de infestação que destoam da média recifense. O Alto José Bonifácio, na Zona Norte, é  o líder do ranking na cidade (4,3%). Há, ainda, oito localidades com LIRAa entre  2,6% e 3,9%. Ou seja, em alerta. Apipucos, Monteiro, Várzea, Zumbi, Passarinho, Jordão, Ibura e Pina estão nessa situação.

Diante dos números, a coordenadora de arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes, mostra-se apreensiva com o tamanho do desafio. Erradicar o mosquito em áreas em que diversos fatores influenciam na proliferação do vetor de três das doenças mais temidas da atualidade. “Temos situações que dificultam o combate ao aedes aegypti.  Nesses lugares com índice muito alto, normalmente, existe desabastecimento e as pessoas são obrigadas a acumular água. Além disso, vem chovendo e está muito quente”, observa.

A gestora ressalta a importância das ações conjuntas. E enaltece o trabalho realizado pelas Forças Armadas e nas escolas. “Em Pernambuco, 90% dos focos estão nas residências. As aglomerações urbanas pioram o problema. Por isso, não podemos  permitir a desmobilização. Temos que atuar sempre juntos”, declara.

Dengue
Entre 3 janeiro e 13 de fevereiro deste ano, Pernambuco notificou 12.815 casos de dengue e confirmou 1.476. Houve ocorrências em 158 municípios. Isso representa um aumento de 119,51% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram notificados 5.838 casos e  confirmadas 2.935 ocorrências.

Atualmente, Pernambuco investiga 25 mortes por dengue. No mesmo período de 2015, houve a notificação de seis óbitos.

Entre os 184 municípios pernambucanos, 39 municípios lideram as estatísticas de incidência de dengue, nas duas últimas semanas. A contabilidade é feita a partir da relação entre número de ocorrências e a população (casos por 100 mil habitantes). Entre eles, estão: Poção (Agreste), Sanharó (Agreste), Goiana (Mata Norte), Cumaru (Agreste), João Alfredo (Agreste), Ferreiros (Mata Norte- campeão em índice de infestação), Brejo da Madre de Deus (Agreste)  e Camutanga (Mata Norte).

Chikungunya
Entre 3 de janeiro e 20 de fevereiro, foram notificados 3.920 casos suspeitos de chikungunya em 127 municípios. Desse total, 154 foram confirmados e 291 descartados. Há um óbito em investigação.
Em 2015, foram notificados 2.605 casos suspeitos, sendo 450 confirmados (3 importados, 2 no município de Iguaraci e 1 em Itaíba, todos com infecção no estado da Bahia; e 447 confirmados autóctones, sendo 220 na Região Metropolitana do Recife) e 589 casos foram descartados.

Zika
Entre 3 de janeiro e 20 de fevereiro, foram notificados 2.840 casos suspeitos. Ainda não há confirmações de casos em 2016. Em 2015, desde o início das notificações obrigatórias (a partir de 10/12), foram notificados 1.386 casos.

Em 2015, Pernambuco confirmou 46 casos em 20 municípios (Bom Jardim, Camaragibe, Caruaru, Flores, Goiana, Glória de Goitá, Frei Miguelinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa do Carro, Manari, Olinda, Paudalho, Paulista, Petrolândia, Recife, São José do Egito, Serra Talhada, Surubim e Vertentes).

Os exames foram feitos pelo Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – PE/CpqAM).

Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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