Imagem: Marcelo Soares/Esp DP/D.A Press/Arquivo |
Pela primeira vez na história da Central de Transplantes de Pernambuco (CT/PE), o estado conseguiu um crescimento de 303% no número de transplantes de córneas. No primeiro mês de 2012, 113 pessoas conseguiram realizar o procedimento e saíram da fila de espera. No mesmo período do último ano, apenas 29 foram realizados. Este é considerado o recorde histórico pela CT/PE. Apesar do mês bem sucedido, outros 1.255 pacientes continuam na expectativa pela doação do órgão.
De acordo com a coordenadora do CT/PE, Zilda Cavalcanti, o grande número de transplantes só foi possível devido ao funcionamento de Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes e das Organizações de Procura de Órgãos de Pernambuco. Os grupos comunicam de imediato os casos de morte encefálica e já entram em contato com a família para agilizar o processo.
Atualmente, somente nove unidades de saúde são habilitadas pelo Ministério da Saúde para fazer esse tipo de intervenção cirúrgica. Os centros de referência são a Fundação Altino Ventura e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira.
Lista de espera por transplante
Córnea 1.255
Rim 1.877
Fígado 160
Rim/Pâncreas 5
Coração 5
Como funciona a Central de Transplante
1. O receptor preenche uma ficha e faz exames para determinar suas características sangüíneas, da estatura física e antigênicas (o caso dos rins);
2. Os dados são organizados em um programa de computador. A ordem cronológica é usada principalmente como critério de desempate;
3. Quando aparece um órgão, ele é submetido a exames e os resultados são enviados para o computador;
4. O programa faz o cruzamento entre os dados de doador e receptor e apresenta dez opções mais compatíveis com o órgão;
5. Os dez pacientes não são identificados pelo nome para evitar favorecimento. Só suas iniciais e números são mostrados. Nesta etapa, todos os profissionais da central têm acesso ao cadastro;
6. O laboratório refaz vários exames e realiza outros novos com material armazenado desse receptor. Nesse momento, o receptor ainda não é comunicado;
7. A nova bateria de exames aponta o receptor mais compatível. Nessa etapa, o acesso ao cadastro fica restrito à chefia da central;
8. O médico do receptor é contatado para responder sobre o estado de saúde do receptor. Se ele estiver em boas condições, é o candidato a receber o novo órgão. Se não estiver bem de saúde, o processo recomeça;
9. O receptor é contatado e decide se deseja o transplante e em que hospital fará a cirurgia.
Mais informações através do número 0800-281-2185
Informações: DIARIOdePERNAMBUCO.com.br
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