A torcida do Náutico voltou a sorrir na Ilha do Retiro depois de um longo tempo. É até provável que o alvirrubro mais jovem esteja sentindo o gosto do êxito desta noite de quinta-feira pela primeira vez na vida. Isso porque, o Timbu voltou a vencer na casa do rival rubro-negro depois de dez anos - 1x0 foi o placar da partida válida pela Copa do Nordeste. Zé Mário foi o autor do gol dos visitantes aos 39 minutos do primeiro tempo. Foi a vitória da solidez e da compactação do clube de Rosa e Silva, que controlou as ações do confronto com equilíbrio entre ataque e defesa.
Foto: JC Imagem |
Como esperado do primeiro clássico do ano, ainda mais em início de temporada, sobrou disposição no duelo. As conclusões foram raras em ambos os lados. Os dois times brigaram por cada metro do gramado e deram poucas chances ao adversário. Os goleiros, mais o do Náutico, foram expectadores no campo. O gol foi uma das poucas chances claras da partida. O Leão também teve as suas, mas não soube aproveitá-las.
Com o resultado, o Náutico divide a liderança do Grupo D da competição com o Guarany de Sobral - ambos com quatro pontos. O Sport cai para a lanterna da chave com apenas um. Na próxima rodada, os leoninos encaram o Guarany, na Ilha. O Timbu enfrenta o Botafogo-PB, fora de casa.
O JOGO - A falta de mais oportunidades, porém, não quer dizer que os times não buscaram o ataque ou que foram burocráticos. Os ataques não foram tão efetivos mais por mérito dos sistemas defensivos, bem montados por ambos os treinadores.
Armado no papel em um 4-4-2 com quatro volantes, o Náutico tomou as primeiras iniciativas da partida. No entanto, não foi no esquema da teoria e sim em uma variação entre o 4-3-3 e 4-5-1 com Zé Mário e Marinho abertos pela esquerda e direita respectivamente. Com a posse de bola, o Alvirrubro ia com três jogadores ofensivos, sendo dois deles bem abertos. Sem a bola nos pés, cinco homens no meio com os dois extremos fechando os lados.
A formação defensiva do Náutico dificultou muito a saída do Sport no início. Não foi raro ver o chutão dos donos da casa. A criação leonina só melhorava um pouco quando Rithely e Naldinho apareceriam mais no ataque para auxiliar Aílton e Felipe Azevedo. Os passes errados, contudo, prejudicaram o avanço das jogadas. Patric, como de costume, também foi muito acionado, ao contrário de Marcelo Cordeiro, que limitou-se na defesa e foi mal quando tentou subir ao ataque.
Quando a evolução dos passes rubro-negros aparecia, surgia inércia para jogadas mais efetivas. Em muitos momentos, a bola ficou rodando a entrada da área alvirrubra sem uma penetração mais eficaz. Faltou criatividade para furar a defesa do Timbu, que não proporcionou grandes sustos para o goleiro Gideão.
O gol do Timbu saiu quando Zé Mário apareceu livre na entrada da área. O volante enganou a marcação com movimentação e ficou na cara de Magrão para fuzilar para as redes. Festa alvirrubra nas arquibancadas.
A vantagem não mudou a postura da equipe alvirrubra, que se manteve compactada na defesa e no ataque. O técnico Geninho tentou alterar o panorama com suas substituições, mas perdeu de vez o meio de campo de vez quando apostou nos três atacantes. Claro que o Leão teve suas chances. No entanto, foi fruto muito mais do abafa do que da organização, que sobrou no Timbu de Lisca.
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