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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

FAZENDEIRO ENCOMENDOU MORTE DE PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ITAÍBA, PE, CONCLUI POLÍCIA FEDERAL

Com informações do G1 PE -

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investiga a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, assassinado em outubro de 2013, em uma emboscada na rodovia PE-300, no Agreste de Pernambuco. A PF informou, nesta quarta-feira (24), que o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55 anos, foi denunciado como o mandate do homicídio, motivado por disputa de terras. A corporação ainda apresentou nesta quarta um homem preso em Buíque, também no Agreste, acusado de envolvimento no crime.

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, o inquérito foi concluído na última sexta-feira (19). “Outras linhas de investigação foram levantadas e confrontadas para ver se havia alguma possibilidade de realização, mas, ao final, todas as provas convergiram para a disputa de terras entre Misheva [Martins, noiva do promotor] e José Maria, com a participação do promotor”, explicou.

A PF concluiu que também participaram do assassinato José Marisvaldo Vitor, 42 anos; José Maria Domingos Cavalcanti, 55 anos; e Adeildo Ferreira, 26, apresentado nesta quarta-feira; Os três estão detidos no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, junto com José Maria Pedro Rosendo. Um quinto acusado, Antônio Cavalcanti, 26, ainda está foragido. A investigação não apontou quem foi o autor dos disparos, mas descobriu que o crime foi planejado e os assassinos não queriam matar apenas o promotor.

Durante o processo de investigação, José Maria afirmou que era inocente em pelo menos duas entrevistas à imprensa e depoimentos à PF. Procurado pelo G1, o advogado dele, Anderson Flexa, informou que só vai se pronunciar acerca da conclusão das investigações na próxima segunda-feira (29).

A noiva de Thiago, Misheva Martins, também seria assassinada na mesma emboscada. O tio dela, Adaltivo Martins, seria morto porque estava com o casal no carro. Todos os envolvidos vão responder por homicídio e duas tentativas. O inquérito será analisado pelo Ministério Público Federal, que pode denunciar os indiciados à Justiça.

Na quinta (18) passada, um grupo de peritos da Polícia Federal encerrou o trabalho de campo sobre a morte do promotor. O serviço durou três dias e contou com auxílio de um scanner 3D e um drone. As imagens foram incluídas no laudo pericial da Polícia Civil. A ideia era que essas filmagens em três dimensões ajudem a investigação a checar com mais clareza hipóteses para o assassinato. Os peritos fizeram simulações no local do homicídio; na Delegacia de Caruaru, onde o carro do promotor está guardado; e na sede da PF, no Recife.

Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. A Polícia Civil, que iniciou a investigação, já apontava que o fazendeiro José Maria Barbosa tinha contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria.
A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. José Maria perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. Edmacy Ubirajara chegou a ser preso – passou dois meses no Cotel. O advogado de defesa conseguiu que o acusado saísse da prisão para responder pelo homicídio em liberdade.

Quatro cartuchos de espingarda 12 foram encontrados no carro do promotor. A noiva Mysheva Martins e o tio dela Adaltivo Martins também estavam no veículo, mas não ficaram feridos. Segundo simulação ocorrida em 23 de março, os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás de um veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime.

Conflito e federalização
Em agosto deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a imediata transferência de responsabilidades no caso do promotor para os órgãos federais. Para o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, é notório um conflito entre Polícia Civil e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A Polícia Federal já estava a par de alguns atos urgentes, depois de liminar, enquanto tal determinação não era decidida. O pedido de federalização foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Para o STJ, "o crime estaria inserido no contexto de atuação de grupos de extermínio na área, conhecida como Triângulo da Pistolagem". Parentes da noiva do promotor já foram alvo de denúncias e investigações sobre este tipo de crime na região.

Foto: TV Globo PE

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