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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

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Pesquisadores defendem pasta com flúor desde surgimento do 1º dente de leite

Enquanto a maioria dos dentistas indica o uso de pastas sem flúor para crianças, para evitar a fluorose – aquelas manchinhas brancas no dente que o tornam mais frágil –, um grupo de pesquisadores da Unesp defende que o flúor com moderação não é prejudicial e que o creme dental fluoretado deve ser usado assim que o primeiro dente de leite nascer, por volta dos seis meses.

Foto: Getty Images
Para esses pesquisadores, desde que usado com moderação, os efeitos positivos do flúor são maiores do que a possibilidade do desenvolvimento da fluorose. “Prevenir e evitar a cárie é o mais importante. Mesmo porque a fluorose causada pelo creme dental é normalmente de grau leve. Com os dentes molhados com saliva, as manchas são muitas vezes imperceptíveis”, afirma Juliano Pelim Pessan, professor de Odontopediatria do campus de Araçatuba. Ele faz parte do grupo de pesquisa coordenado pelo doutor Alberto Carlos Botazzo Delbem.

O cuidado, explica Pessan deve ser na dosagem. “A quantidade deve ser bem pequena, como a de um grão de arroz, porque se a criança ingerir acidentalmente, o risco é minimizado”. O aumento da dose deve acontecer aos poucos. “Conforme a criança cresce, ela aprende a cuspir, e, então, os pais devem aumentar gradativamente a porção, usando a quantidade de um grão de feijão, de ervilha. O que se quer é proteção”, explica.

Para aquelas crianças com menor risco de ter cárie – as que mantêm uma excelente higiene bucal - uma boa alimentação, mas principalmente um acompanhamento periódico de um odontopediatra – os pesquisadores recomendam um creme dental com metade da quantidade de flúor, de 500 ppm. Mas nunca sem flúor. “O pai que escova o dente do filho com a pasta fluoretada pode comprar a sem flúor só para a criança treinar a escovação. Mas não substitui a escovação tradicional com o creme dental fluoretado”, recomenda.

A odontopediatra Juliana Frigo, da Clínica Frigo, de São Paulo, já se atentou a essas novas pesquisas e recomenda o uso com flúor a partir do primeiro dente de leite. “Digo para que os pais comprem pastas infantis – sem abrasivos – mas com a quantidade de flúor de uma pasta convencional.”

Em busca de pastas de dente mais efetivas, os pesquisadores da Unesp estão trabalhando no desenvolvimento de produtos contendo não somente flúor, mas também cálcio e fosfato. Estudos preliminares demonstraram que estas pastas apresentam efeito semelhante ao das pastas convencionais, mesmo contendo a metade da quantidade de flúor. Assim, a criança teria o mesmo benefício anticárie de um produto convencional, mas com um risco menor de ingestão de flúor durante a escovação. Isto é altamente desejável especialmente para crianças abaixo dos 3 anos de idade, afirmam os pesquisadores.

Mudança de rumo

Apesar dos novos estudos, o uso e a indicação de cremes dentais infantis sem flúor ainda é comum. E recebe respaldo dos órgãos de classe. Para Rodrigo Moraes, dentista e consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia, a criança só deve começar a usar o creme dental com flúor a partir do momento em que aprende a cuspir o produto, o que costuma acontecer por volta dos três anos.

“A água de São Paulo, por exemplo, é fluoretada. O mineral também vem naturalmente em muitos alimentos, além daqueles que são lavados nessa água, então há uma ingestão, que é considerada segura”, explica.

É o que pensa boa parte dos pais que procuram o consultório de Juliana. Muitos acostumados aos próprios rótulos das pastas sem flúor, que recomendam o uso exclusivo até os seis anos. “Para esses pais, explico a importância do flúor para proteção dos dentes, e eles trocam a pasta.”

Uma troca que gera economia, já que uma pasta infantil com flúor custa cerca de R$ 4. Menos de um terço do preço do creme dental não fluoretado, que chega a custar R$ 15.

Informa o SAÚDE IG

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