Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Foi tão atabalhoada a forma como a Câmara Federal extinguiu a reeleição para prefeito, governador e presidente da República que se esqueceu de vincular ao pacote o tamanho do mandato dos eleitos a partir de 2020, quando o novo modelo entrará em vigor se passar também pelo Senado e uma nova emenda constitucional não revogá-lo antes. Bom que fique logo claro que o modelo aprovado por 452 deputados não atingirá o prefeito Geraldo Júlio (Recife) nem o governador Paulo Câmara, que podem disputar a reeleição.
Quanto ao tamanho dos mandatos, o lógico é que se fixe em cinco anos, já que a reeleição foi abolida. Mas daí surgem alguns questionamentos: como ficariam os vereadores e os deputados? Teriam também mandato de cinco anos ou continuariam com os quatro? E os senadores, cairiam para cinco ou subiriam para 10 para não haver eleição descasada? A resposta será dada após o feriado de Corpus Christi.
Julgamento democrático
Quem acha que um mandato de quatro anos é um tempo razoável para se planejar uma gestão e deixar uma obra de governo pergunte ao prefeito de Moreno, Adilson Gomes Filho (PSB). Ele encontrou a casa tão destroçada que apesar de ter consumido 2 anos e 5 meses do seu mandato ainda não conseguiu colocá-la em ordem. Como foi eleito para “fazer mudanças”, nada mais normal que seja julgado na eleição de 2016. Se estiver bem, fica; se estiver mal, vai pra casa.
Aliança – Há muito tempo se sabia que a Câmara não aprovaria a PEC, oriunda do Senado, proibindo coligação em eleições proporcionais. Os senadores queriam evitar, por exemplo, que a sobra de votos de Eduardo da Fonte (PP) contribuísse para eleger Luciana Santos (PCdoB). Como político não se suicida, partidos que não têm “puxador” de votos derrubaram a emenda.
Pacote – Paulo Câmara se livraria de um “abacaxi” se conseguisse convencer Dilma a incluir a BR-232 no “pacote de concessões” do governo federal, que será anunciado no próximo dia 9.
Rede – A luta para trazer um hospital da Rede Sarah para Pernambuco foi iniciada por Marco Maciel quando era presidente da República e retomada agora pelo deputado Sílvio Costa (PSC).
É Paulo! – O senador Fernando Bezerra informou ontem que não tem planos de deixar o PSB, para o qual voltou em 2005, e que seu candidato a governador em 2018 é Paulo Câmara.
Cobrança – Durante audiência pública na Comissão de Orçamento do Congresso, o deputado petebista Ricardo Teobaldo cobrou do ministro Nélson Barbosa (Planejamento) mais atenção para os prefeitos, especialmente dos pequenos municípios. E ouviu dele que a situação só vai melhorar “quando o governo equilibrar as suas contas”.
Esmola – É por essas e outras que se diz que o Nordeste é o “primo pobre” da República e vive eternamente de pires na mão. Ontem, o senador Humberto Costa e o deputado Kaio Maniçoba (PHS) informaram por meio de suas assessorias que conseguiram 15 milhões (ô dinheirão!) no Ministério da Integração para obras hídricas no Sertão.
Barreira – A cláusula de barreira que Tadeu Alencar (PSB) propôs na comissão especial da reforma política contribuiria, de fato, para enxugar o quadro partidário: legenda só teria tempo de TV e verba do fundo partidário se tivesse recebido, pelo menos, 2% dos votos para a Câmara Federal na eleição anterior. A Câmara decidiu que basta eleger apenas1 deputado para ter direito àquelas regalias. Ou seja, vai continuar com 28 partidos.
Silêncio – Nenhum tucano de Pernambuco saiu em defesa de Aécio, atacado publicamente pelo ex-governador de SP, Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB e “carne e unha” com José Serra. Em carta ao próprio Aécio, ele diz que o PSDB “não tem projeto para o Brasil” e foi incapaz de dizer, até agora, o que faria no governo se tivesse vencido a eleição. Entrou de corpo e alma na luta pela tirar Dilma do governo. E só.
Foto: Reprodução
0 comentários:
Postar um comentário