Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Por receio de ficar a reboque dos três principais partidos de oposição do país (PSDB, PPS e DEM), o PSB vai reunir sua executiva na próxima semana para oficializar sua entrada nesse bloco. Os socialistas não acreditam mais na recuperação política do governo e vão dar por encerrado o crédito de confiança que haviam dado à presidente Dilma quando optaram, três meses atrás, por uma posição de “independência” – nem alinhamento automático com o governo e nem oposição pela oposição.
Ocorre que a crise se agravou de tal maneira que virou moda no Congresso falar mal do governo, do PT e da presidente. E é nessa onda oposicionista que o PSB também quer surfar como já deram a entender o presidente Carlos Siqueira e o líder no Senado João Capiberibe. Quem reprova a ida do partido para a oposição são os seus governadores, que nunca dependeram tanto da União como agora para tirá-los do sufoco em que se encontram.
Pimenta na crise
O parecer do TCU recomendando ao Congresso a rejeição das contas de Dilma relativas do ano de 2014 colocou uma pitada a mais na crise política que corrói o governo, Agora, a presidente se vê acossada pelo TCU, o TSE, a OAB (que criou ontem uma comissão para analisar pedido de impeachment) e o deputado Eduardo Cunha, que mesmo acusado de possui cinco milhões de dólares em bancos suíços é quem pode iniciar o processo de impeachment na Câmara Federal.
Exceção – Humberto Costa (PT-PE) é o único político que se destaca na retaguarda de Dilma. Os líderes do governo na Câmara e no Senado, José Guimarães (CE) e Delcídio Amaral (MS), respectivamente, não têm talento para enfrentar a Oposição e o advogado geral da União, Luiz Inácio Adams, é de um despreparo gritante. A defesa que ele fez dela no TCU foi de fazer dó.
Opção – A deputada Raquel Lyra só não será a candidata do PSB à prefeitura de Caruaru se não quiser, garantiram ontem dois políticos que privam da intimidade do governador Paulo Câmara.
À luta – O ex-deputado Raimundo Pimentel confirmou a amigos do Recife que o candidato da oposição à prefeitura de Araripina será ele e não sua mulher, deputada Socorro Pimentel (PSL).
Apelo – O vice de Jaboatão Heraldo Selva receberá apelo do PSB para se candidatar a vereador, e não à sucessão do prefeito Elias Gomes, para não atrapalhar a aliança PSB-PSDB no Recife.
Empurrão – Após o TCE ter recomendado intervenção no município de Gravatá, o PSB passou a estimular o deputado Waldemar Borges (foto) a disputar a prefeitura. Avalia que a população de lá não quer a reeleição do prefeito Bruno Martiniano (sem partido), nem tampouco a volta do ex, Joaquim Neto (PSDB), que responde a vários processos na Justiça.
Quinto – Tá explicado por que o deputado Ricardo Costa continua brigando com a ex-prefeita Jacilda Urquisa pelo controle do PMDB de Olinda. É que o partido lá sempre foi bom de votos. De 68 para cá elegeu 5 prefeitos, e não quatro como a coluna divulgou ontem: Marcos Freire, Germano Coelho, José Arnaldo, Luiz Freire e a própria Jacilda.
Força – Por medo de Eduardo Cunha (PMDB) ou coisa que o valha, 94% dos membros da Câmara Federal recusam-se a assinar a representação que será feita contra ele no Conselho de Ética. A que foi protocolada na Corregedoria, anteontem, só teve a assinatura de 29 deputados. Numa Câmara de 513, isso representa apenas 5,6% do total. Cunha, mesmo acusado de lavagem de dinheiro, ainda controla o PMDB e a maioria do PSDB, PPS e DEM.
Assento – Como líder do bloco PP, PTB, PHS e PSC, que reúne 82 deputados, o pernambucano Eduardo da Fonte (PP) terá assento garantido na reunião das 10h, no Palácio do Planalto, ao lado de Dilma, para avaliar diariamente a evolução da crise política. De Pernambuco serão liderados por ele Fernando Monteiro (PP), Sílvio Costa (PSC) e os petebistas Jorge Côrte Real, Zeca Cavalcanti, Ricardo Teobaldo e Adalberto Cavalcanti.
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