Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
O Brasil tinha até ontem 32 partidos registrados no TSE e pelo menos 20 em busca de registro, entre eles a Rede de Marina Silva. Presume-se que, com tantos partidos de várias tendências à disposição do eleitor, o espectro ideológico do Brasil estivesse atendido.
Todavia, como nossa legislação, nesse particular, é bastante flexível, um novo partido começou a ser criado após as manifestações de 15 de março e de 12 de abril, supostamente para “interpretar” o sentimento dos brasileiros que saíram às ruas para protestar contra o governo de Dilma Rousseff. Trata-se da “Unidade Popular pelo Socialismo” que tem como presidente nacional o mineiro Leonardo Péricles, e como dirigente regional Thiago Santos. Não bastam PSB, PPS, PSOL e PSTU que têm o “socialismo” no nome, o que gerou esta observação do relator da comissão especial da reforma política, Marcelo de Castro: “Em país nenhum do mundo há 32 tendências políticas”.
Efeitos da PEC da Bengala
O desembargador Nivaldo Mulatinho (TJ-PE) completou 70 anos no dia da promulgação da “PEC da Bengala” e se achou no direito de requerer ao próprio TJ a sua permanência no cargo até os 75 anos de idade, e foi atendido, mesmo em caráter liminar. Já o desembargador Édson Vidal (TJ-PR) requereu aposentadoria compulsória 12 dias antes da aprovação da PEC e ontem entrou com “pedido de reconsideração” alegando que ela ainda não passou pelo crivo do TCE.
2º lugar – O ex-deputado Hélio Urquiza (PMDB) corrige informação desta coluna. Quando sua filha, Izabel, atual coordenadora do Prodetur, disputou a prefeitura de Olinda em 2012 com Renildo Calheiros (PCdoB) obteve 81.998 votos, ficando na 2ª colocação. Em 2014, quando pleiteou uma vaga na Assembleia Legislativa, foi majoritária no município com 18.700 votos.
Troca – A substituição pelo QG do Derby de 9 comandantes de unidades militares na capital e no interior objetiva dar uma mexida no “Pacto pela Vida”, que começou a desandar em 2014.
Fico – Conselho do ex-ministro Maílson da Nóbrega a empresários de SP que se desencantaram com o Brasil e falam em morar no exterior: “Pra falar mal de Dilma, fiquem por aqui mesmo!”
Cargos – Autorizado por Dilma Rousseff, o vice Michel Temer já iniciou a partilha dos cargos de 2º escalão no governo federal. O BNB ficou com o PMDB e a Codevasf vai para o PP.
Reforma – O relatório do deputado Marcelo de Castro (PMDB-PI), relator da comissão especial da reforma política, divulgado ontem, frustrou as expectativas do deputado Tadeu Alencar, que trabalhou feito um leão para que o Congresso fizesse uma reforma digna deste nome. Pelo jeito, a montanha vai parir um rato.
Crítica – Daniel Coelho, virtual candidato do PSDB à prefeitura do Recife, faz oposição ao governo estadual mas considera Paulo Câmara uma pessoa “humilde”. Já sobre o prefeito Geraldo Júlio considera-o “arrogante” por ter levado a vereadora Aline Mariano (PSDB) para o seu governo, “atropelando as instâncias partidárias”.
Bíblia – Evangélicos do Brasil inteiro já começam a se movimentar com vistas às eleições de 2016. Os deputados Anderson Ferreira (PR) e Cleiton Collins (PP), ambos da Assembleia de Deus, vão disputar a prefeitura de Jaboatão, ao passo que o pastor Carlos Geraldo (PRB), ligado à Igreja Universal, tenta construir sua candidatura a prefeito ou vice do Recife com apoio dos partidos que apoiaram Armando Monteiro (PTB).
Recuo – Pelo seu presidente Roberto Freire, o PPS abandonou a tese do “impeachment” de Dilma Rousseff que continua sendo defendida pelo Solidariedade e alas do PSDB e do DEM. Segundo Freire, “o impeachment não é produto do desejo individual de ninguém. Ele ocorre quando o governo não tem mais condições políticas de continuar. Um presidente só cai quando o país se torna ingovernável”. O que não é o caso do Brasil.
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