Com informações do Folha PE -
Três alunos da rede municipal de ensino do Recife viajam, neste sábado (12), para São Paulo, onde vão participar da 14ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da USP, considerada a maior feira brasileira pré-universitária de Ciências e Engenharia. Os meninos vão apresentar o trabalho que fizeram sobre "O acúmulo de lixo no Alto Nossa Senhora de Fátima e a incidência de casos de dengue na comunidade".
Arthur, João e Ryan. Estudantes do 8º e 9º ano da Escola Municipal Octávio de Meira Lins, localizada no Alto Nossa Senhora de Fátima, no Vasco da Gama, Zona Norte do Recife. Dedicação, concentração e determinação é o forte deles. E, também, a fórmula para ser um dos nove vencedores da maior mostra de projetos pré-universitários em Ciências e Engenharia do País.
Serão 341 trabalhos de 752 estudantes dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Com sonho de vencer a competição na bagagem, os alunos embarcam para São Paulo, neste sábado (12), para apresentar o projeto que fizeram sobre “O acúmulo de lixo no Alto Nossa Senhora de Fátima e a incidência de casos de dengue na comunidade”.
O engajamento dos estudantes na eliminação de focos do Aedes aegypti na comunidade surpreendeu a orientadora e professora de geografia Ana Paula Freire, que viajará com o trio para São Paulo. “O assunto que era trabalhado por uma equipe de três alunos passou a ser estudado pela escola inteira em prol de um mesmo objetivo. A escola e a comunidade foram totalmente mobilizadas", disse a docente.
O projeto, que recebeu menção honrosa na Feira de Ciências realizada pela Secretaria de Educação do Recife, em dezembro, será apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da Universidade de São Paulo (USP). Os 341 projetos finalistas foram selecionados entre um grupo de mais de 2,2 mil, submetidos diretamente pelos estudantes ou por meio das 125 escolas afiliadas.
Idealizador do projeto, o estudante João Marcos Rangel, 14 anos, percebeu um aumento considerável em casos de dengue na comunidade. A missão era diminuir os focos do mosquito e conscientizar o bairro sobre os perigos que o vetor pode causar. Segundo o garoto, 120 casa foram visitadas pelo trio.
Eles ainda inventaram uma música sobre o tema, gravaram um vídeo e conseguiram um carro de som para usar numa passeata pela comunidade realizada no mês passado, quando entregaram mais panfletos para os moradores do Vasco da Gama. “Queremos o bem das pessoas. Fomos de casa em casa, fizemos questionários para os moradores, distribuímos panfletos e fizemos uma grande mobilização”, disse João.
Pela primeira vez andando de avião, Arthur André Oliveira está ansioso para apresentar o trabalho e mostrar que tem potencial para ser um dos vencedores. Ele acredita que o projeto, desenvolvido desde o ano passado, em obtido resultado positivo na comunidade. "Percebemos que alguns moradores apresentaram sintomas de uma das três doenças, mas não foram ao posto de saúde. Explicamos a eles a importância do atendimento médico para que não se mediquem errado", explicou o garoto.
Ryan Henrique Mateus, 15 anos, não vê a hora de andar de avião e aplicar todo o conhecimento adquirido em sala de aula sobre o projeto. “Nossa missão é conscientizar e mobilizar a nossa comunidade para que eles estejam cientes do perigo do mosquito. Vamos dar o nosso melhor em São Paulo”, afirmou.
Saiba mais
Premiação - Os autores dos melhores trabalhos ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 200 prêmios. Também concorrerão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, na cidade de Phoenix, Arizona, EUA.
Foto: Folha PE
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