Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Difícil prever o que Eduardo Campos estaria fazendo, como presidente nacional do PSB, diante dessa gigantesca crise política e econômica que destroçou a popularidade do governo, deixou milhões de trabalhadores sem emprego e está tirando o sono de outros milhões, que não veem perspectiva de melhora, pelo menos em curto prazo. Uma coisa, porém, é certa.
Ele estaria à procura de uma saída negociada porque tinha diálogo com Lula e o principal líder da oposição, Aécio Neves. Aprendeu com o avô, Miguel Arraes, que as ideias podem brigar, mas os homens, não. E não tinha preconceito contra adversários. Aliás, sequer falar mal deles costumava como ocorreu em suas duas campanhas para o governo estadual. Alguns opositores não tentaram apenas derrotá-lo, mas também desmoralizá-lo. E ele soube seguir em frente. Se fosse vivo, talvez já tivesse proposto uma saída viável para a crise, algo que o PSDB não fez até agora.
Alívio para Geraldo Júlio
Por meio de sua assessoria, Jarbas (PMDB) nega qualquer intenção de romper com o PSB no próximo ano para se candidatar pela terceira vez à prefeitura do Recife. É um alívio e tanto para o prefeito Geraldo Júlio (PSB) porque com o ex-senador no páreo a eleição seria decidida no 2º turno. Aliás, Jarbas não diz claramente que não pretende se candidatar e sim que não vai romper com o PSB, o que dá no mesmo. Sem romper com o PSB, não tem como peitar Geraldo Júlio.
Alvo – A CPI do BNDES (Câmara Federal) começa a trabalhar nesta terça-feira (11) e Raul Jungmann (PPS) já apresentou 17 requerimentos convocando autoridades para depor. Um dos convocados seria Lula, que teria interferido junto à direção do banco para conseguir empréstimo em boas condições para a construtora Odebrecht realizar obras em Cuba e em países da África.
Crédito – Belo gesto de solidariedade do governador Geraldo Alckmin (SP): veio ao enterro de Miguel Arraes e de Eduardo Campos e à celebração, ontem, dos 50 anos do ex-governador.
Déficit – O ministro Armando Monteiro, que conhece como poucos o pensamento da indústria nacional dado que já presidiu a CNI, diz que o governo Dilma “está precisando de uma agenda”.
Fora – Paulo Rubem (PDT), presidente da Fundação Joaquim Nabuco, diz que seu partido rompeu com o governo mas não vai integrar nenhum bloco de oposição com o PSDB/DEM.
Eleição 1 – Diz o ex-deputado Sérgio Leite que perdem tempo os petistas do Recife que gostariam de vê-lo candidato a vereador em Paulista e não disputando a prefeitura pela 4ª vez. Ele afirma que o prefeito Júnior Matuto (PSB) “está profundamente desgastado”, por não estar cumprindo o que prometeu, e que sua vez de ganhar “é agora”.
Eleição 2 – Gonzaga Patriota reuniu correligionários em Petrolina, neste final de semana, para anunciar sua candidatura à sucessão do prefeito Júlio Lossio (PMDB). Candidato o deputado pode até ser, mas não pelo partido a que pertence (PSB). É que o PSB local está sob controle do senador Fernando Bezerra, que deve lançar o filho, Miguel Coelho.
Poder - Michel Temer, que vai se encontrar hoje no DF com o deputado Jarbas Vasconcelos, já está sendo tratado pela mídia paulista como “futuro presidente”. Os jornalões de SP não creem que Dilma se sustente e estão tentando criar as condições para o vice assumir. O “como” é que ninguém sabe porque Michel só vira presidente se Dilma renunciar. Até se for cassada pela Justiça Eleitoral Michel irá junto porque a chapa é “una”.
Greve – Frei Betto, que assessorou Lula em seu primeiro mandato, diz que a “esquerda” deveria aprender com a “direita” pelo menos uma coisa boa: realizar atos de protesto aos domingos para não atrapalhar o trânsito nem infernizar a vida das pessoas que precisam comparecer ao trabalho, levar os filhos na escola, etc. Refere-se aos idealizadores do ato pró “impeachment” de Dilma que marcaram a manifestação para o domingo, dia 16.
Foto: Divulgação
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