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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CUIDADO COM AS PESQUISAS ELEITORAIS - ARTIGO DE UM LEITOR

As pesquisas eleitorais têm por finalidade investigar a realidade e informar os eleitores acerca da intenção de votos, orientando-os em suas decisões. Diferentemente do que imaginam muitas pessoas, não é necessário um grande número de entrevistas para que tenhamos um perfil com um grau de certeza razoável. 

A pesquisa deve trabalhar com amostras onde todos os grupos sociais e áreas geopolíticas estejam representadas, caso contrário ocasionará um erro sistemático que distorcerá os resultados.

Os dois métodos mais usados para a pesquisa são a pesquisa quantitativa e a qualitativa. A primeira busca o máximo de informações, mas sem muito aprofundamento. A segunda faz uma profunda busca das motivações que levam a pessoa a tomar a decisão de votar em determinado candidato.

Acontece que sob a cobertura de um trabalho científico muitas pesquisas, feitas de forma tendenciosa e sem nenhum rigor técnico, têm sido usadas para confundir o eleitorado, visando à manipulação de votos.

Se você não quiser ser enganado pelas pesquisas eleitorais nas próximas eleições, é recomendável tomar os seguintes cuidados básicos:

1. CONFIRA A AMOSTRAGEM DA PESQUISA.
No caso de eleições municipais, a amostra eleitoral deve ser feita de forma que todos os grupos sociais dos diversos bairros da cidade estejam representados.

2. CONFIRA OS DIAS EM QUE AS ENTREVISTAS FORAM FEITAS.
Dependendo da urgência com que foi encomendada a pesquisa, entre a coleta dos dados e a sua divulgação pode transcorrer de um a dez dias. Dependendo do que acontecer neste período – a veiculação de uma denúncia contundente, por exemplo – o resultado pode estar desatualizado quando publicado, devendo ser relativizado.

3. EXAMINE O TEOR DAS PERGUNTAS APLICADAS AOS ENTREVISTADOS.
Além do risco de perguntas enviezadas, as respostas de intenção de voto espontâneas serão muito diferentes – e, portanto, incomparáveis das respostas estimuladas por listas de candidatos. Portanto, atente para as perguntas ambíguas ou mal formuladas.

4. INVESTIGUE QUEM FEZ A PESQUISA E QUEM A ENCOMENDOU.
Tanto a qualidade técnica de um levantamento como o compromisso com a verdade dos profissionais nele envolvidos precisam ser comprovados, haja vista que qualquer pessoa ou grupo tem o direito de fazer e divulgar pesquisas eleitorais. Além disso, é bom conferir quais são os vínculos de interesse entre quem fez e quem pediu a pesquisa e qual dos dois a está divulgando. Uma pesquisa eleitoral encomendada por um candidato só será divulgada se for do seu interesse, merecendo por isto ser lida com dupla precaução.

5. APRENDA A LER OS DADOS E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.
Esta é a única forma de não ser induzido a acreditar em informações distorcidas e evitar comprar gato por lebre.

A melhor maneira de controlar o mau uso das prévias eleitorais não é proibindo a divulgação, mas garantindo a sua multiplicidade. A proibição apenas agravaria o desnível de informação entre os eleitores e os candidatos, que seguiriam encomendando seus próprios levanta-mentos. Cabe ao eleitor esclarecido comparar estas pesquisas e tirar suas próprias conclusões.

Por Osman Neves de Albuquerque

Osman Neves de Albuquerque é autor dos livros Um Ensaio sobre Espiritismo e Política (1998), O Poder do Voto e da Participação (2000) e Uma Lição de Ética numa Campanha Política (2002), além de vários artigos sócio-políticos.

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