Depois da tempestade não virá a bonança. Parece que virá mais tempestade. Após os bancários iniciarem hoje uma greve por tempo indeterminado, os funcionários dos Correios podem fazer o mesmo a partir de amanhã.
Em todo o país, 25 sindicatos farão assembleias. Têm tudo para decidir pela paralisação. A assembleia dos trabalhadores de Pernambuco está marcada para às 19h, na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro.
O secretário de imprensa do sindicato, Luciano Batista, que tem 16 anos de Correios, acredita que há grandes possibilidades de a greve ser confirmada.
Ele lembra que os trabalhadores do Pará e de Minas Gerais já estão em greve. Foi isso, inclusive, que fez a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) interromper as negociações e entrar com o pedido de dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Nesta quarta-feira, os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) terão uma audiência de conciliação no TST.
“A gente não vai esperar pelo TST. A gente não confia. Vai ter audiência amanhã, mas provavelmente a gente vai estar parado”, diz Luciano.
Ainda segundo ele, os trabalhadores pedem um aumento de 43% (isso mesmo), referente às perdas históricas e o IPCA do ano. Também pedem que o piso da categoria suba dos atuais R$ 945 para R$ 2,5 mil.
“Os Correios querem dar só 5,2%, referente à inflação do período. Também querem mexer no nosso plano de saúde, para que a gente pague mais.”
No ano passado, os trabalhadores passaram 28 dias em greve. Em Pernambuco, a ECT conta com 3,3 mil funcionários. Em todo o Brasil são 120 mil.
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