Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Senadores do governo e da oposição decidiram consultar ministros do TSE que também fazem parte do STF sobre a constitucionalidade de itens polêmicos da reforma política que a Câmara Federal aprovou. Trata-se de medida preventiva para que não se aprove certas mudanças que possam dar margem a questionamentos no STF. A impressão que ficou da reunião é que os senadores irão rejeitar a complexa forma do tamanho dos seus mandatos que foi aprovada pelos deputados.
Se ela passasse também pelo Senado, teríamos até 2027, data em que todos os mandatos passariam a ser de cinco anos, de vereador a presidente da República, três categorias de senadores: uns com 8 anos, outros com 9 e um terceiro grupo com 5. Os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli também sugeriram a extinção das coligações proporcionais por projeto de lei, que exige um quórum menor à sua aprovação, e não por emenda constitucional.
Sem concessões
O governador Paulo Câmara iniciou ontem na Secretaria de Planejamento e Gestão as tais “reuniões de monitoramento” que foram introduzidas na “práxis” política do governo pelo seu antecessor Eduardo Campos. Câmara, de temperamento afável e conciliador, não é de fazer cobranças duras aos seus auxiliares como fazia o seu antecessor. Que também falava baixo e pausadamente, mas era quase inflexível quando a área monitorada era o “Pacto pela Vida”.
Carreira – Cumprindo uma de suas promessas de campanha, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) apresentou uma PEC que cria a carreira de Magistério Público da Educação Básica. Trata-se de uma boa iniciativa, porém com pouca chance de prosperar. A criação dessa carreira tinha que ser fruto de uma “política de governo” e não iniciativa isolada de um senador.
Final – Depois que Lula declarou que o PT “perdeu a utopia” e só pensa em “cargos”, cessará a luta da secção de Pernambuco para acomodar João Paulo e Fernando Ferro no governo Dilma.
Vácuo – Clóvis Corrêa, ex-presidente do TRT da 6ª região, lamentava ontem em Gravatá, com lágrimas nos olhos, o “vazio de liderança” que há hoje em PE após a morte de Eduardo Campos.
Custos – O prefeito Tiago Cavalcanti (PTB) manteve a tradição do seu antecessor, Ricardo Teobaldo, e faz um grande São João em Limoeiro, mas 70% dos custos vieram de patrocínios.
Visita – O ministro da Integração Gilberto Occhi visita Pernambuco, hoje, pela 2ª vez no espaço de 11 dias, mas não por iniciativa própria e sim de terceiros. Ele veio ao Recife a convite da Alepe para dar explicações sobre a transposição do São Francisco e hoje estará em Petrolina, a pedido de Michel Temer, para falar sobre projetos de irrigação.
Hub – Todos os governadores do Ceará atenderam ao convite do atual, Camilo Santana (PT), para entrar na luta em defesa do “hub” da TAM, inclusive Francisco Aguiar que só teve 49 dias de mandato. Foi a primeira vez, depois das eleições de 2010, que Tasso Jereissati (PSDB) e os irmãos Ciro e Cid Gomes (PROS) estiveram cara a cara.
Bairrismo – O deputado Aluísio Lessa (PSB) transferiu o domicílio eleitoral para Goiana na expectativa de ser indicado pelo seu partido para disputar a sucessão do prefeito Fred Gadelha (PTB). Seria uma batalha dificílima porque Goiana não elege ninguém de fora. É diferente, por exemplo, de Gravatá, que elegeu nos últimos 20 anos Sebastião e Bruno Martiniano (Recife), Joaquim Neto (Surubim) e Ozano Brito (São Bento do Una).
Déficit – Uma presidente (Dilma) que tem como líder do PT na Câmara o deputado Sibá Machado (AC) e como líder do governo o deputado José Guimarães (CE) não precisa de oposição. Ambos são fracos, despreparados e incapazes de vencer qualquer debate com a bancada da oposição. Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, tem qualidades para liderar. Mas, sozinho, não está conseguindo dar conta do recado.
Foto: Reprodução
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