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terça-feira, 21 de junho de 2016

COLUNA: O PESO DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Com informações do Blog do Magno Martins -

Sem verbas de empreiteiras, os candidatos a prefeito e a vereador nas eleições municipais de outubro podem até não ficarem reféns da internet, mas dependerão bastante dela para fazer a cabeça do eleitor e conquistá-lo. Não se trata aqui de nenhuma projeção ou chute, mas de um dado real: pesquisa do Ibope divulgada ontem no jornal Estado de São Paulo aponta que 51% dos eleitores se informam pelas redes sociais.

A internet será, também, o meio mais barato e eficaz para levar o discurso e as metas de campanha ao eleitor. Com as empresas proibidas de doar aos candidatos, as campanhas, segundo as regras eleitorais aprovadas na minirreforma política feita pelo Congresso, devem ser financiadas pelo fundo partidário, abastecido por recursos públicos e doações de pessoas físicas.

Sendo assim, as candidaturas terão de mudar de paradigma. A arrecadação oficial de campanha deverá ser bem menor do que no passado. Sem dinheiro no caixa 1, os candidatos não poderão justificar despesas ostensivas com propaganda. Dai o estimulo à propaganda disfarçada na forma e com o sujeito oculto. Isso pode levar os partidos a camuflarem suas campanhas no Facebook, no Twitter e no WhatsApp.

Mas o tipo de propaganda que funciona nessas redes é a negativa contra alguém ou contra uma ideia, muito mais do que a favor de um candidato. Um exemplo disso vem de Minas. Em 2014, mensagens anônimas via WhatsApp colaram no candidato do PSDB a governador, Pimenta da Veiga, o apelido de “Turista da Veiga”, reforçando o fato dele morar em outro Estado. Esse tipo de guerrilha virtual ajudou a derrotá-lo.

Nas eleições municipais, outro fator que reforça o uso das redes sociais está no seu tempo de duração. Serão apenas 45 dias e a campanha se dará com eventos que desviarão a atenção do eleitor, como as Olimpíadas do Rio, isso sem falar no agravamento da crise econômica. Pela pesquisa do Ibope, os 51% que estão ligados nas informações pelas redes sociais representam um recorde batido nos últimos 12 meses.

Mais jovem e escolarizado o eleitor, maior a probabilidade de ele ter recebido mensagens políticas pelas redes sociais nesse período: 184% mais chance de ter lido do que de não ter entre os eleitores até 24 anos, e 258% mais chance entre quem cursa faculdade. A tendência também é mais forte entre os mais ricos, nos moradores do Sudeste e entre quem moram em capitais.

Para confirmar a tendência de que as redes terão papel decisivo na eleição, em apenas um ano, segundo o Ibope, triplicou a proporção daqueles que pretendem usar mensagens de redes sociais para decidir seu voto. Na prática, isso significa que os candidatos a prefeito e vereador mais atentos deverão dedicar um esforço inédito para a campanha via telefone celular.

É na tela desses aparelhos que o eleitorado mais conectado se informa via Facebook e Twitter, além, obviamente, do WhatsApp. Na disputa pelo tempo do público, os Iphone e Galaxy da vida são a única tecnologia que absorve uma fatia crescente da atenção das pessoas. É natural que os candidatos se aproveitem disso.

MAIS PODER DO QUE O GUIA – Ao contrário do horário eleitoral na TV, as mensagens via redes sociais são individuais e customizadas, muito mais frequentes do que os spots televisivos e tendem a se misturar ao ruído da comunicação digital. O que os olhos não veem a justiça eleitoral não fiscaliza. Os candidatos podem gastar fortunas nesse tipo de comunicação com muito menos risco de exagerar na ostentação. A pesquisa do Ibope retrata também que mais da metade dos brasileiros tem hoje uma opinião mais negativa do que tinha um ano atrás dos atores da política por causa do que leu sobre eles nas redes sociais.

O bom exemplo de Jarbas – Um dos mais assíduos parlamentares da bancada federal de Pernambuco, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) chegou cedo, ontem, ao Congresso, mesmo sabendo que esta será uma semana curta, de pouco trabalho e resultados produtivos no plenário e nas comissões temáticas devido ao São João, cuja véspera é amanhã. Isso levará boa parte da representação nordestina a não dar o ar da sua graça nos corredores da Câmara e do Senado.

Defesa da inconstitucionalidade - O deputado federal Danilo Cabral (PSB)fez uma defesa ardorosa em cima da tese de antecipação das eleições e até da convocação de eleições gerais, mas esqueceu de combinar com o presidente nacional do seu partido, Carlos Siqueira, que dez dias antes havia dado uma entrevista, com reprodução no site da legenda, afirmando que qualquer das ideias é inconstitucional. Para Siqueira, antecipar eleição na prática seria um tremendo golpe, uma vez que passaria por cima do que rege a lei máxima do País.

Mulher e nordestina - O presidente em exercício Michel Temer nomeou, ontem, Roseane Cavalcante Freitas para assumir a Secretaria Especial dos Direitos das Pessoas com Deficiência no governo federal.  O ato foi publicado no "Diário Oficial da União". Conhecida como Rosinha da Adefal, ela estava no cargo de secretária de Defesa da Mulher e dos Direitos Humanos em Alagoas. A nova secretária do Governo Temer é filiada ao PTdoB. Antes de assumir a pasta, Roseane Freitas foi deputada estadual e, por muitos anos, diretora da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), de onde tirou seu nome político.

Perenização do Riacho do Navio - O presidente interino Michel Temer não desistiu da sua viagem ao Nordeste. A programação que havia inicialmente acertado para Pernambuco e Alagoas, na semana passada, cancelada por motivo superior, será cumprida logo após os festejos juninos, na semana que vem. No Estado, o roteiro permanece a cidade de Floresta, no Sertão de Itaparica, para vistoriar o andamento das obras da Transposição do São Francisco. Na passagem de Temer por Floresta, a prefeita Rorró Maniçoba (PSB) entregará documento propondo uma saída para a transposição contemplar o município, que se daria pela perenização do Riacho do Navio.

CURTAS

SÓ UM DE FORA – Das 22 capitais onde há possibilidade de reeleição nas eleições de outubro, 21 delas são governadas por prefeitos com intenção de disputar um segundo mandato consecutivo. A exceção é Florianópolis, cujo prefeito, Cesar de Souza Júnior (PSD), anunciou dia 8 passado sua desistência com o argumento de que a crise financeira se agravará no segundo semestre e que precisa se concentrar na gestão.

MORATÓRIA - O aceno de socorro de R$ 3 bilhões para o Rio de Janeiro, depois que o governador Francisco Dorneles (PP) decretou estado de calamidade pública, fez com que os governadores mudassem o tom na primeira reunião de trabalho, ontem, com o presidente interino Michel Temer. É possível que na pressão pela rolagem das suas dívidas, os demais governadores ganhem uma moratória de dez meses.

Perguntar não ofende: Qual a bomba que está nas mãos de Marcos Valério, o operador do mensalão, na sua delação premiada? 

Foto: Reprodução

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